terça-feira, janeiro 19, 2010

Gravações caseiras - "Xangrila" e "Oblivious" 16 e 18.01.2010

É bastante comum ouvir alguma música e imediatamente pensar na ideia para algum riff ou parte de alguma composição. Numa jam com o mais recente CD do Lamb of God, ocorreu-me de aproveitar um riff antigo dropped-D para o qual já havia feito uma versão mais atualizada para a letra "Heal My Soul". Juntei esse riff com um prechorus estilo LOG e trabalhei em cima de um riff tipo "Acid Rain" do Liquid Tension Experiment, com o máximo de pull-offs e cordas soltas possível. Peguei, então, uma drum track do LOG e fiz uma gravação com uma guitarra que levei para a praia, e registrei a primeira versão para "Xangrila". Não pude gravar as três guitarras pois a 4.ª arrebentou e não tinha os equipamentos para trocar as cordas. Em casa, gravei nova versão, com outra guitarra, e agreguei o baixo. Na mesma sessão, utilizei outra drum track e fiz uma versão para "Oblivious". Deu para encaixar um riff estilo Dream Theater sobre a 6.ª corda solta, mas a velocidade arrasa-quarteirão do LOG impediu uma execução perfeita, então o resultado ficou inaceitável, a não ser para mero efeito de registro das ideias.

domingo, janeiro 03, 2010

Ensaio 29.12.2009

Aproveitamos os feriados e o recesso de fim de ano para agilizar duas sessões na casa do Valmor/Bruce: uma, destinada a registrar minha participação na guitarra para uma música da Worldengine, e a outra para umas jams com as músicas mais recentes que compus em casa. A primeira foi em 22.12.2009, e basicamente centrou-se em três riffs do Valmor: o primeiro, exclusivamente na 6.ª corda solta (drop-D), tinha várias pausas e uma palhetada que me custou um tempo para acostumar; o segundo, com os acordes F, G#, D, ao qual incorporei - a pedido - umas palhetadas com cordas abafadas, e ao final toquei uma oitava acima (essa sugestão foi acatada); o terceiro foi variação do primeiro, e aqui tive maior liberdade para interpretar. Utilizei a BFG e uma distorção no UX1 eleita pelo Valmor. Na semana seguinte, em pleno recesso, nos reunimos à tarde para tocar as músicas novas que tenho feito em casa: "Down Under", "Dark Horse" e "Fistful". Fizemos uns três takes para cada uma delas. O Valmor/Bruce tocou na sua bateria eletrônica com os timbres dados por um programa muito bom, e eu toquei basicamente na BFG com um timbre do UX1 que não achei muito bom, mas a intenção era outra, então desencanei. Além da BFG, a partir da segunda música, utilizei outras das guitarras disponíveis: a Wolfgang da Peavey e uma antiga conhecida, a Squier Stratocaster creme. A primeira tem um timbre bastante grave, e nem é muito pesada. Foi muito fácil afiná-la, e ela se manteve assim o tempo todo. Não estou certo sobre os captadores que estão instalados nessa Wolfgang. A Squier do Valmor já foi uma guitarra muito divertida, mas ela já se ressente das muitas mexidas (braço escalopado, por exemplo) e da pouca confiabilidade do hardware made in China (o botão de volume só funciona no 10, pois corta o som a partir do 9, o que me atrapalhou no riff "Fistful"). A Wolfgang, por outro lado, tem um botão de volume muito bom: aproximando-se do 3 ou 4 ele corta a distorção, de maneira que rola aquela introdução de "Dark Horse" muito bem, i. é, o início clean e depois sobe o volume para 10 e vem a distorção. Quero me acostumar com o timbre magro da Stratocaster com distorção - o Valmor comentou que curtiu o som da Squier num dos riffs de "Fistful". O mais importante foi tocar essas músicas na íntegra, aprender as partes e começar a dar o formato definitivo delas. Acredito que "Down Under" precisa de umas levadas mais retas, tipo Vinny Appice (mais bumbo e menos caixa); "Dark Horse" tem um riff que comporta várias batidas diferentes e quebradas, tipo OSI, e o Valmor foi pegando o jeito no decorrer. Próximo passo é na primeira semana de 2010 agendar um ensaio num estúdio para tocar essas músicas com bastante volume, e possivelmente convidando um baixista parceiro de jams.

Gravações Caseiras – “Down Under” 02.12.2009

Depois de gravar versões novas e satisfatórias para “Fistful” e “Dark Horse”, pluguei a guitarra com a cabeça vazia, i. é, sem ideias de riffs ou de músicas. Achei que seria uma sessão infrutífera, então apenas praticaria alguns exercícios com o metrônomo a 60 bpm. Ocorre que aí toquei um riff que reuniu várias das influências recentes, e em pouco tempo mais uma música apareceu. Achei boas as ideias de (a) fazer músicas bem pesadas com andamento bem lento, como o Heaven and Hell fez em “The Devil You Know”, e (b) fazer riffs com bends longos nas cordas mais graves, como o Alice in Chains fez em “Check My Brain”. Além disso, não queria baixar a afinação (para drop D, por exemplo), e queria um riff que não fosse mais um calcado na 6.ª corda solta. Então fiquei satisfeito com o riff que utiliza apenas G#, F# e C# (E-B), com um Bend coxudo na primeira nota (alcançando A). Quando parti para compor os demais riffs, deparei-me com a dificuldade de me manter a 60 bpm, então aumentei para 80 bpm e gravei tudo até o final. O riff seguinte se mantém nas mesmas posições, com utilização do E da 6.ª corda solta apenas como apoio. O riff dos versos achei bem satisfatório e, pensando em retrospecto, tem cara de Iommi nos anos 1980. Basicamente é em F#. Para o refrão, recorri a power chords: C#, E, B e uma pequena subida F#-E-F#-G#-A-B-C#. A base do que pode ser um solo de guitarra ou outro verso é bem simples, mas com palhetada thrash na nota pedal B.