quarta-feira, julho 16, 2008

3.º show - 27.08.2000 - no Heaven Café (com Anya)

Cada show da Burnin´ Boat teve um set list diferente; além disso, tentávamos incrementar a apresentação com o que pudéssemos oferecer como novidade. Para esse show do Heaven Café, resolvi “subir” ao palco (que, na verdade, ficava ao nível da platéia, e era montado numa espécie de porão do bar; a parte do “Café”, onde as pessoas ficavam bebendo e tinha efetivamente um balcão com garçom e bebidas, ficava acima) com um chapéu de caubói (na verdade um chapéu com propaganda da Expointer), para tentar lembrar um pouco do R. Blackmore. Na época o Iron Maiden havia lançado recentemente um disco muito esperado, o “Brave New World”, pois marcava o retorno de Bruce Dickinson e de Adrian Smith. Assim, particularmente estava orgulhoso de inserir no set list uma música desse disco, “The Wicker Man”. Para esse show, tiramos (menos o Bruce, que errou medonhamente antes do solo do Cláudio) também “Prowler” e, por fim, tocamos “2 Minutes to Midnight”, que não havia sido preparada para o show, mas que acabei puxando num momento em que o microfone deu problema (acabou dando tempo para o Luciano cantar toda ela, após o conserto do microfone).

A apresentação se deu no final da tarde de um domingo, na mesma data em que o Jota Quest se apesentaria no auditório novo perto do Centro Administrativo. Esse show teve uma boa divulgação, provavelmente devido ao esforço da Anya (distribuição de flyers e cartazes nas lojas de cd do Centro), que era a banda nova do nosso velho conhecido Guilherme Deahtroner. Os caras se apresentaram depois de nós e eram muito bons músicos; tocaram, por exemplo, “Master of Puppets”, do Metallica, e “Caught Somewhere in Time”, do Iron Maiden. Curiosamente, o vocalista era um sujeito que estudava uma série depois da minha no meu colégio, e foi um dos primeiros (se não o primeiro) vocalista da Hibria (quando esta se chamava Malthusian). Com a boa divulgação, o público foi muito bom. O flyer enunciava as bandas que seriam “coverizadas”, e o local atraiu muitos fãs de Iron Maiden e Metallica. Além disso, a maioria também conhecia Deep Purple. Assim, nossa apresentação foi um sucesso junto ao público, que agitou e acompanhou as músicas do início ao fim.

O set list foi dividido em covers e próprias, e esse foi o único show em que tocamos “World on the Edge”, que eu gostava bastante, mas tinha riffs bem parecidos com uns do Whitesnake e do Impellitteri, tenho que admitir. Além dessa novidade, tocamos outras duas (então) compostas recentemente, "Heartbreakin´" (um hard rock com um riff de que me orgulho bastante, sofisticado para o meu padrão) e "Black Dressing Soul" (com o riff principal inspirado no Metallica da época do disco "Load"). Das antigas, fomos de "Boats are Burning", "Over the Moon", e "Hidden". Em relação aos covers, o Iron Maiden foi dominante (influência do Nilton e do Cláudio): "2 Minutes do Midnight", além de "Prowler" e "The Wicker Man". Mantivemos "Kiss of Death", do Dokken, e fechamos com "Burn", do Deep Purple, uma de nossas favoritas.

Acho que aqui foi a primeira vez que uma corda da minha guitarra arrebentou (era freqüente isso acontecer em ensaios). Isso aconteceu na nossa composição instrumental, “Attitude Adjustment”, após o meu solo. Deixei minha guitarra Cobra de lado, e peguei a Squier Strato do Bruce, que levávamos como reserva. Isso conferiu ainda mais autenticidade à minha sedizente imagem de R. Blackmore, e um cara do lado do meu colega da faculdade, o Fernando, lembrou isso, para meu orgulho.

Estávamos todos a vontade diante de tanta receptividade, e no vídeo dá pra ver o Nilton olhando para a galera e agitando bastante. O Pedro se fez presente e foi o cinegrafista (acho que na ausência do Minduim).

Tratou-se de uma das poucas apresentações em que fiquei até o final do evento, pois assistimos o competente show da Anya, e ainda ficamos conversando um tempo até chegar a carona para levar o equipamento para casa.

Dois dias depois teríamos mais uma apresentação, que viria a ser o 4.º show da Burnin´ Boat.

Nenhum comentário: